Mark não
conseguia lembrar-se de como havia chegado lá. Guardava apenas a sensação de que
estivera adormecido por um longo tempo. O recinto era escuro, iluminado apenas
por velas, cuja tosca claridade revelava a existência de pilhas de livros
amontoados pelo assoalho e sobre a mesa.
-Onde estou? – perguntou,
ainda atordoado, para o velho que surgiu de repente.
Tendo somente o
silêncio como resposta, pegou um dos volumes da mesa e fixou sua capa.
-Eu já li
este aqui – disse para o velho.
Observou outras
capas dos exemplares que se acumulavam pelo chão, e notou em todos uma grande
familiaridade.
-Eu conheço
todos esses livros. Que lugar é esse, senhor?
O velho,
aproximando-se com olhar irônico, falou em uma voz cavernosa:
-Você não
conhece, de verdade, nenhum desses livros.
-O que?
-Você tem um
débito com eles – comentou o velho, dando-lhe as costas.
Confuso, Mark
folheou o exemplar que tinha em mãos, e lembrou-se de que não havia concluído
aquela leitura. Havia parado na metade do capítulo cinco, e nunca soube como a
história acabava.
-Como eu saio
daqui, senhor?
Antes de
desaparecer nas sombras, o velho afirmou:
-Pagando
todos seus débitos. Comece pelo que está segurando.
Conto curto, simples, absolutamente surreal e fantástico! Parabéns por mais esta pérola, L. F. Riesemberg!!!
ResponderExcluirmuito bom.
ResponderExcluirMuito bonito, parabéns ao escritor
ResponderExcluirTop de mais
ResponderExcluirBem legal curto mais bem rasuavel
ResponderExcluirAdorei 😉
ResponderExcluir